A escassez de áreas naturalmente abrigadas de agentes ambientais e com grandes profundidades, propícias para a instalação de terminais portuários, requer constante estudo de arranjos eficientes de amarração, assim como desenvolvimento de novos materiais e equipamentos.
No contexto do planejamento portuário, lida-se com o compromisso entre maiores embarcações, que transportam cargas a um custo unitário mais baixo, e a necessidade de maiores profundidades para comportar elevados calados. O processo de dragagem, além de custoso, é efêmero sem adequada manutenção.
A Argonáutica vem realizando estudos acerca do calado máximo operacional e identificação dos pontos críticos e limites à navegação em canais artificiais e naturais, expostos ou não aos agentes ambientais. Além dos resultados pontuais de calado máximo e folga sob a quilha (Under Keel Clearance – UKC) nos canais de acesso, em certos casos faz-se necessário avaliar grandes extensões espaciais, gerando assim mapas que expõem possíveis restrições à navegação.
Normas e recomendações internacionais balizam o cálculo do UKC, sugerindo diversas formulações, cada uma delas com um grau distinto de complexidade e conservadorismo. Conhecendo-se as características da região e das embarcações é possível refinar os cálculos, tanto por meio do monitoramento constante das condições ambientais, quanto pelo uso de softwares de hidrodinâmica que permitem estimar precisamente o movimento da embarcação sob ação de ondas e mesmo o squat, para topologias arbitrárias de fundo.
As inúmeras consultorias sobre o tema levaram a consolidação de um software, batizado ReDRAFT, que possui interface simples e intuitiva visando a operação portuária e não apenas as etapas de projeto.